A
família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam
os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em
relação aos objetivos que desejam atingir. Ressalta-se que mesmo
tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que
atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a
um futuro melhor. O ideal é que família e escola tracem metas de
forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na
aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de
enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola
podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente
dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser
considerados como prioridade para ambas as partes como a ética
relacional, cidadania e cultura, empregabilidade,inclusão,saúde e
bem estar,legislação, política e biodiversividade
Proporcionar, através do BLOG a visualização de projetos e atividades desenvolvidas pela comunidade escolar.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Governo Dutra "americaniza" o caipira Brasileiro
Quando foi que começamos a perder nossa identidade ????
Os alunos dos 9ºs Anos A e B estudaram o governo Eurico Gaspar Dutra e ao final do estudo concluímos que foi a partir de 1945, com o início da Guerra Fria, que o Brasil se aproximou cada vez mais da cultura norte americana. O que era brasileiro passou a ser considerado pejorativamente de "caipira" e ser caipira era ruim.Perdemos a nossa identidade e adotamos o estilo norte americano de vida. Hoje estampamos todo tipo de propaganda em nossas roupas em nossos objetos em nosso estilo tão impessoal. está na hora de refletir sobre isso! Carlos Drummond de Andrade nos ajuda nessa reflexão com seu poema "Eu Etiqueta".
Desenho do aluno Paulo Gustavo Gomes-9ºA |
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mar artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome noco é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
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